Toda vez que alguma marca apresenta uma nova geração de um carro lá fora já começa o complexo de vira-lata por aqui: “No Brasil só vendem carroças!”, “Por que só os europeus merecem?”, “E a gente com projeto de terceiro mundo!”. São comentários válidos, sem dúvida, mas o fato é que montadora de automóvel não é fábrica de sorvete. Se um modelo não vai bem, não dá simplesmente para interromper a produção daquele sabor e colocar outro no lugar. Trazer um projeto de última geração demanda custos imensos que, infelizmente, muitas vezes não se pagam. Outro ponto: temos um solo comparável ao da Lua em termos de buracos e irregularidades, que “judia” muito daquele carro projetado para rodar nos tapetes europeus, sem falar na nossa gasolina cheia de etanol – quando não batizada com sabe-se lá o quê. E não há tropicalização que dê jeito…